
“Imagem x Autoimagem: realizando os planejamentos estratégicos, de vendas e de marketing sem partirmos das premissas erradas“
O que é autoimagem corporativa?
Autoimagem corporativa é, basicamente, a forma como a empresa enxerga a si própria, ou seja, os pontos fortes e fracos, os diferenciais, as limitações, e todas as outras características que a empresa considera possuir. É claro que não existe “a empresa”, existem as pessoas da empresa, então consideramos que a autoimagem é a forma como as pessoas da própria empresa a enxergam. Algumas vezes fazemos uma segmentação adicional, separando a imagem interna entre a imagem que os sócios e executivos possuem da empresa, e a imagem que os demais colaboradores possuem dela, pois costumam ser perspectivas diferentes. Aqui não falamos das pesquisas habituais de clima ou ambiente de trabalho, fazemos para a equipe interna as mesmas perguntas que fazemos para os clientes.
A distância entre a imagem e a autoimagem da empresa
Invariavelmente, a imagem interna (autoimagem) e a imagem externa (imagem de mercado) são diferentes. Normalmente, muito diferentes. As pessoas de uma empresa tendem a mergulhar na sua cultura e no seu cotidiano, e acabam vendo a organização por uma perspectiva única, bastante diferente do ponto de vista externo, o ponto de vista do mercado, que é aquele que realmente conta quando pensamos em reputação.
Acontece que, normalmente, as pessoas de dentro da empresa (especialmente o alto escalão) tendem a não se dar conta de que a autoimagem tem uma discrepância em relação à imagem externa, a imagem que o mercado faz da empresa, e isso pode gerar diversos problemas. Tendemos a ver a nós mesmos, e por extensão às organizações às quais pertencemos, de uma maneira mais idealizada, imaginamos que já temos exatamente a imagem que desejamos projetar, a imagem que gostaríamos de ter, e planejamos e agimos a partir dessa premissa, o que muitas vezes leva a resultados muito diferentes do imaginado.
A armadilha da experiência
Alguns executivos tendem a considerar que anos (ou décadas) de experiência de mercado e convivência diária com clientes fornecem a eles informações mais do que suficientes para terem uma boa ideia de como a empresa é vista, e portanto mapeamentos detalhados são desnecessários, pois eles já “sabem” qual a imagem da empresa. Embora obviamente a convivência com os clientes forneça informações importantes, ela ajuda muito mais a avaliar a satisfação do que a entender a imagem.
As conversas cotidianas, as almoços de negócios, as reuniões, todas elas são situações em que tendemos a discutir com os clientes coisas práticas, como projetos, produtos, ou desafios e necessidades de negócios (do cliente), não chegamos a tocar nos tópicos que compõe a imagem da empresa.
Então, a sensação de muitos executivos de que sabem como a sua empresa é vista no mercado é baseada num conjunto de inferências e suposições, e por isso mesmo a surpresa costuma ser grande quando são confrontados com a real imagem de mercado, não obrigatoriamente pior ou melhor, mas invariavelmente diferente.
Entender o quanto e em quais aspectos a imagem de mercado é diferente da nossa autoimagem é fundamental para que possamos realizar nossos planejamentos sem partirmos das premissas erradas, aumentando consideravelmente a eficácia das nossas ações.
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